domingo, 21 de junho de 2015

A lua sabe a quê, mãe?

Ontem visitámos um lugar mágico, no Largo de Oeiras (em frente à Igreja Matriz)... uma livraria encantada, a GATAfunho. Entrámos, inicialmente a medo, depois, aos poucos, absorvendo curiosos tudo o que víamos, o cheiro misterioso dos livros, as cores encantadas... enquanto sorvíamos todo aquele espaço único, acho que ficámos apaixonados!

- Mãe, preciso que me encomendes "O Tubarão na Banheira" de David Machado... claro que sim, meu amor, peço já!

- Mãe, olha este livro, posso tê-lo? Difícil foi convencê-lo a deixá-lo na estante... tratava-se do "A que sabe a lua?" de Michael Grejniec... sim, prometo-te que numa outra oportunidade te ofereço.

Entretanto, vai pensando tu, a que saberá a lua... a de hoje era quente, prenúncio do solstício a acontecer... e foi assim, com os sentimentos à flor da pele, com o cansaço à mistura de um arraial estival escutista no qual participara, que Pablo se foi deitar.

Hoje de manhã acordou, fresco que nem uma alface, é tão bom ter 8 anos, que pensei ter-se esquecido de tudo de ontem... enganei-me, sim, porque as mães também se enganam... 

- Mãe, tenho uma surpresa para ti, pega, é para ti...

" A lua saberá a quê?"

Para mim, a lua é como se fosse um donut doce, porque a lua é redonda como ele, e os grãos de açúcar representam os buracos dela! [ver desenhos]

Ah, e se nós trincarmos o donut, ele fica assim..."


[representação gráfica de um donut meio comido, comparativamente com a lua em quarto minguante, do hemisfério norte]

Eu não faria descrição mais doce, embora mais doce do que isso, somente o amor de uma mãe por seu filho menino.

Festejemos a vinda do Verão!

21-06-2015

quarta-feira, 25 de março de 2015

Quiero volver a Andalucía

Faz exactamente hoje 15 anos! Meu Deus, a minha menina, tinha tão somente 8 anos (a idade do seu irmão, hoje em dia). Estava um dia lindo de sol, tal como hoje, porém menos frio, (ou seriam as minhas emoções?)... e lá íamos nós três, da nossa casa, em direcção ao Registo e, os vizinhos se acercando ao carro, perguntando: "- Mas onde vão vocês, assim?"

É para ti meu amor espanhol...

Quiero volver a Andalucía,
Quiero volver a enamorarme de ella.
Ahora, mirando la inmensidad azul del océano,
tan azul como tus ojos:

Tengo nostalgia de pasear por la Alhambra a la caída de la tarde,
De su olor a miel, flores de jazmín y azahar…
El mar portugués azul intenso que estoy mirando,
no es mío, sino tuyo.

Tú tienes la sangre corriendo por tus venas,
como las olas del Atlántico.
Yo soy calma y serena como la cálida brisa
de las noches de verano en el Castillo de Santa Catalina.

Echo de menos el verde del mar de aguas cálidas de Torre del Mar a Mezquitilla;
Echo de menos el sol dorado y la arena blanca de la playa de Altea;
Echo de menos aquella tierra y sus costumbres coloridas,
el salir a las 11 de la noche y ver las terrazas llenas.

Quiero volver a Andalucía, contigo.

25-03-15

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Felicidade II

Em sintonia com “Que a noite encontre cada coração aberto, e semeie neles o brilho de uma estrela tímida... mas imensa em esperança.” a minha sugestão para este novo ano 2015 (que já vai navegando com velas pandas em mar aberto) é a de que: abramos então os nossos corações! (celebremos a Vida)!!

Interrogo-me, uma vez mais, sobre qual será o segredo para a Felicidade?
Olho à minha volta e vejo:

Uma menina linda, meio criança, meio adulta, de cujos olhos emana uma luz plena de alegria, numa constante celebração da vida. Celebrando com júbilo tudo o que aquela tem de melhor para lhe oferecer: a juventude e a esperança na conquista do futuro. Essa menina é certamente o meu orgulho.

Uma vizinha, amiga recente, de longos cabelos louros, porém não tão luminosos quanto a áurea por si emanada; possui uma voz calma e doce, é mesmo a tranquilidade feita gente. Tamanha serenidade e harmonia, será trabalhada? Parece andar constantemente envolta num halo… gosto desse caminho de luz e paz. Adoraria ter tanta serenidade.

Por outro lado, também tão perto de mim, uma mulher adulta, nos anos mais maduros da vida (aqueles que deveriam ser de maior sabedoria), amargurada, chorando o passado longínquo e perdido, renegando o presente, descrendo o futuro… tem o coração completamente trancado. Em vão, tenho tentado destrancá-lo… porque esse rompimento terá sempre de vir de dentro!
Não basta sermos informados e termos os olhos abertos; se quisermos ser felizes temos de abrir os nossos corações.

A Felicidade não está num céu de rios de leite, mel, e euros, não está no cimo do Everest “top of the world”, mas na forma como trilhamos o caminho para a alcançar. Desconheço fórmulas mágicas, mas o simples facto de mantermos os corações abertos à paixão, ao conhecimento, à arte, à cultura, a tudo o que nos transmite prazer, ao amor ao próximo (incluindo aos animais), à amizade, à família, mas também à adversidade (o saber aceitar), numa palavra: à Vida! é um bom começo.

Abramos os nossos corações, celebremos a Vida!

31/01/2015